Quero você com esse jeitinho de me amar devagarinho,
me enlaçando como fita e desvendando por inteiro.
É só chegar de mansinho, me afagando com carinho,
que te faço prisioneiro no deleite de nós dois.

Por amor, eu espero...

Fechei os olhos de saudade e me senti confortada, inteira, segura.
Senti um abraço... Por uma fração de segundos consegui imaginar você por perto.

E quanto mais te tenho presente, mais te quero por perto.
Bate uma vontade de não pensar, de me entregar e só...

Assim, assim

Entre tantas rimas e tons,
achei em você a nota que faltava para a melodia de mim.
Melodia essa que me faz andar nas nuvens,
como se houvesse sons de flauta a me guiar em sua direção.
Se envolva e me encaixe também como nota
nessa música envolvente que deixa o meu coração recheado de desejos.
Quero você em mim, assim, assim...

16/02

Tenho vontade de comer sua presença...
Quem sabe assim eu mato esse bicho da saudade.

'você desagua em mim e eu oceano'

As pessoas não se precisam, não se completam, não se preenchem.
As pessoas não são propriedades, não são contratos ou sinônimo de amor materializado.
Como dizia Djavan, as pessoas ''oceanam'' umas nas outras...
Desaguam ternura, carinho, afeto, saudade. Desaguam amor!
E eu estou desaguando...
Colocando em teu oceano tudo que tenho, tudo que posso, tudo que nos convém.
E assim o faço para que sejas meu, para que sejas o nosso mar de bem.

A saudade me consome dia após dia; E vai me roendo pedaço por pedaço como se não fosse sobrar nada além das palavras que agora escrevo.

''Até para atravessar a rua ela era outra pessoa. Uma pessoa grávida de futuro. Sentia em si uma esperança tão violenta como jamais sentira tamanho desespero. Se ela não era mais ela mesma, isso significava uma perda que valia por um ganho. [...] Tudo de repente era muito e muito e tão amplo que ela sentiu vontade de chorar. Mas não chorou: seus olhos faiscavam como o sol que morria.'' (Clarice Lispector)

E não é preciso dizer mais nada.

Quando ela o viu sentiu algo diferente. Vazio, medo, desejo... sei lá o quê. Se afogou num turbilhão de pensamentos onde via sonho por sonho cair no abismo que outrora não existiu. Pensou que fosse o fim, temeu. Mas o que era término não se eternizou e insiste em fazer o coração chorar por lembrar daquela outra que entrou na sua história para nunca mais sair.

Folha pequena e sensível da minha árvore, que também não é tão grande, mas de troncos fortes se faz. Entre tantas outras árvores preferiu brotar em mim, assim... só para proteger. A você muito devo pela sombra que me deu, pelas tempestades que aguentou e pelos ninhos pesados que segurou. Por você, minha folhinha, é eu vivo fincando raízes e me tornando mais firme nessa terra de terra rasa e dura. Que sejas sempre companheira, o meu espelho, a minha amiga... Paola!

Hoje eu queria só sentir e nada dizer. Como seria bom se você também pudesse sentir o que tanto guardei pra você e que quero lhe dar mesmo sabendo que já é seu, só seu...

Me encontre na praia - disse ele. E ela saiu em disparada. Chegou a praia e não o viu. Será que ele a viu? Só sei que se encontraram. E sob a chuva perderam seus olhares para o que todo mundo via. Aquele momento era encantado mas ele não viu e nem sentiu o que o seu coração dizia. E hoje, em plena luz do dia, insiste em dizer que nada viu ou sentiu. Frieza e só...

Que o tempo leve e lave tudo que o meu coração ainda insiste em guardar. Me sinto bem, e isso basta.

Não deixe que o tempo passe, que a rotina altere, que o sentimento espere. Não deixe que o relógio pare, não me desampare, não me desespere. Não deixe o amor ir embora, isso me apavora só de pensar.

Entre tantos mil grãos, achei você. Tão pequeno, tão único e tão ímpar em sua forma. Como pode querer escapar entre os dedos só por causa dessa ventania? Demorei tanto pra te encontrar...

Fica!

Como uma tempestade esse sentimento invade e se aloja onde ninguém mais poderia. E que venha a chuva para lavar o meu rosto, meu corpo, minh'alma que por dentro chora, só chora...

É tudo culpa do amor... Ele é um bandido, e eu, só refém.

Hoje o dia acordou sorrindo... Sim, sorrindo! O sol sorria irradiando luz, as nuvens sorriam participando de longe do grande espetáculo. As pessoas sorriam, as fotos sorriam, o meu coração sorria e o meu sorriso, também sorria... Tudo sorria, até o mundo.


Tudo sorria ou eu que sorria o bastante para preencher o sorriso do mundo? Eis a questão.

Das palavras tuas o meu medo, a efemeridade... E de cada instante um sujeito, um artigo indefinido. Do teu afeto, o meu apego e do teu abraço, um laço onde se faz o nosso talvez.

O passar das feiras para os fins já me consome novamente. E todo o querer que ainda me resta, resta para querer você. Mas você não vem e nem vê tudo o que teimo em dizer com a boca cheia para tudo o que é surdo ouvir.

Muda o tempo como mudam as folhas de uma árvore com o passar das estações. Muda a vida como muda o clarear do amanhecer de cada dia. Mudam o sol, as nuvens, os carros, os lugares, as pessoas. Tudo muda... mas o mudar é mudo. Tão mudo quanto a mim, que permaneço aqui, estática como um galho sem flores, folhas e frutos só esperando a hora também mudar.